A morte nunca deveria ser notícia. Mas foi. Em Fevereiro de 87 toda a comunicação social noticiava a morte do maior compositor da música portuguesa.
José Afonso tornou-se símbolo da alvorada de Abril por mérito próprio. Ele foi a voz da juventude não rasca. Foi a voz dos que combateram a ditadura com as armas do pensamento. Da inteligência. Foi a voz da cultura alternativa. Foi a voz.
Morreu numa manhã fria de Fevereiro. Hoje sentimos que afinal ele continua por aí. Na voz dos novos autores. Nas melodias dos novos grupos.
Continuamos com a sua música, porque a sua música é nova, e a sua poesia não é letra morta.
Vamos continuar a lutar pela qualidade dos produtos culturais, como ele o fez.
O lixo sonoro, literário e social que polui os nossos sentidos, que se lixe!
Vamos comemorar a inteligência. A mais nobre demonstração de cidadania.
Relembrar o Zeca hoje é mais que tudo isto. É, sobretudo, lembrar as suas últimas palavras:
José Afonso tornou-se símbolo da alvorada de Abril por mérito próprio. Ele foi a voz da juventude não rasca. Foi a voz dos que combateram a ditadura com as armas do pensamento. Da inteligência. Foi a voz da cultura alternativa. Foi a voz.
Morreu numa manhã fria de Fevereiro. Hoje sentimos que afinal ele continua por aí. Na voz dos novos autores. Nas melodias dos novos grupos.
Continuamos com a sua música, porque a sua música é nova, e a sua poesia não é letra morta.
Vamos continuar a lutar pela qualidade dos produtos culturais, como ele o fez.
O lixo sonoro, literário e social que polui os nossos sentidos, que se lixe!
Vamos comemorar a inteligência. A mais nobre demonstração de cidadania.
Relembrar o Zeca hoje é mais que tudo isto. É, sobretudo, lembrar as suas últimas palavras:
"Não posso parar"
Por isso empunhamos a tua bandeira porque a luta continua, serena e firme, contigo bem vivo junto de nós, Zeca Afonso.
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Do homem ficou-nos o exemplo da coragem, do poeta ficou-nos a lição de força: o que faz falta é animar a malta!
Poeta da liberdade, o Zeca "expatriou-se" na música e através dela fez-nos perceber quanto a luta sendo raiva que nunca será vencida também é doçura que nunca será sufocada.
Mesmo quando corre tudo mal: no trabalho, na doença, nas amizades, é preciso não renunciar à poesia. A poesia foi a grande arma do Zeca,
Artesão infatigável da canção portuguesa, o Zeca faz parte da música verdadeira: aquela que vive com poucos meios e uma grande amplidão de coração.
O Zeca deixou-nos grandes lições de ternura e de encorajamento: quem nos domina, não nos vence.
Saindo das quatro paredes dos egoísmos burgueses a música veio para a rua e foi cantada pelo povo - é nesta transacção que o poeta se faz homem, e o homem se faz cidadão.
As canções do Zeca fazem parte da memória do Povo.